Ele: dá-me um
abraço.
…dei-lhe um
abraço!
Ele: Quem já te
fez mal? Isso não é um abraço!... Dá-me um abraço!
…dei-lhe outro
abraço!
Ele: Uma menina
alegre como tu devia de dar abraços assim….
…deu-me um abraço!
Um abraço generoso,
um abraço de amigo, um abraço cuja única pretensão era fazer-me feliz…
Um abraço no
qual eu não descontraí, um abraço que me fez pensar nas feridas, um abraço que
provou que estas feridas estão cicatrizadas mas deixaram marcas…
Assim, lembrei-me
de todos os abraços e da frieza incutida nestes por mim…
Não, minto,
houve um abraço, o abraço!
Um abraço espontâneo,
sincero, forte, prazeroso… um abraço que me faz contemplar o mundo de forma
diferente… um abraço que me faz esquecer o tempo… um abraço que provocou em mim
uma súbita vontade de voar… um abraço que recebi há três semanas e que ainda
está presente!
Agora é a minha
vez...
Eu: Dás-me um abraço?
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