terça-feira, 14 de agosto de 2012

Quero voar…


Ele: dá-me um abraço.
…dei-lhe um abraço!
Ele: Quem já te fez mal? Isso não é um abraço!... Dá-me um abraço!
…dei-lhe outro abraço!
Ele: Uma menina alegre como tu devia de dar abraços assim….
…deu-me um abraço!
Um abraço generoso, um abraço de amigo, um abraço cuja única pretensão era fazer-me feliz…
Um abraço no qual eu não descontraí, um abraço que me fez pensar nas feridas, um abraço que provou que estas feridas estão cicatrizadas mas deixaram marcas…
Assim, lembrei-me de todos os abraços e da frieza incutida nestes por mim…
Não, minto, houve um abraço, o abraço!
Um abraço espontâneo, sincero, forte, prazeroso… um abraço que me faz contemplar o mundo de forma diferente… um abraço que me faz esquecer o tempo… um abraço que provocou em mim uma súbita vontade de voar… um abraço que recebi há três semanas e que ainda está presente!
Agora é a minha vez...
Eu: Dás-me um abraço?

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